Esta bebida mexicana é destilada a partir de uma planta que cresce no deserto de Chihuahua, comumente conhecida como Colher do Deserto ou, em espanhol, Sotol.

A planta foi fermentada pela primeira vez por povos indígenas como bebida alcoólica semelhante a uma cerveja há 800 anos. No século 16, os colonos espanhóis introduziram técnicas de destilação europeias para produzir a bebida. A Sotol ficou na sombra sua legalização em 1994. Tem agora sua própria denominação de origem desde 2002 e só pode ser produzida em três estados mexicanos: Chihuahua, Coahuila e Durango.

A Colher do Deserto leva aproximadamente 15 anos para amadurecer e produz apenas uma garrafa de sotol por planta. Cresce em encostas rochosas em uma pastagem desértica entre 1.000 e 1.900 m acima do nível do mar. Quando a planta amadurece, é colhida como as plantas de agave para elaboração de mezcal ou tequila. Ao contrário do agave, que floresce apenas uma vez na vida, os sotols produzem um caule de flor a cada poucos anos. As folhas externas são removidas para revelar o núcleo central, que é levado à destilaria. O núcleo pode ser cozido no vapor, triturado, fermentado e destilado.

Existem três classificações: Plata (não envelhecido), Reposado (envelhecido por vários meses) e Añejo (envelhecido pelo menos por um ano). Além disso, dependendo da região e altitude, os aromas variam: no deserto, o sotol oferece notas de cacau, pimentão seco, hortelã e couro. Nas regiões florestais, é diferenciada por notas de hortelã, eucalipto, almíscar e cogumelos.

Existem dezenas de marcas conhecidas, mas você pode encontrar destilados feitos de sotol fora da Denominação de Origem sob diferentes nomes: Palmilla de Sonora e Cucharillo de Oaxaca no México ou mesmo Texas Sotol do Texas Hill Country nos EUA.

O sotol foi um dos destilados que apareceram na degustação às cegas no recente concurso de Melhor Sommelier do Mundo. Você o teria identificado? Se conhece bem a bebida, fale-nos mais sobre ela!