Toda regra tem a sua exceção e o mundo do vinho confirma o dito popular!
A regra é que o Vinho Verde, seja leve, ácido, pouco alcoólico, ideal para contrastar com a gordura das sardinhas portuguesas, ou para acompanhar a leveza e salinidade de ostras frescas.
Raramente outras castas como a Loureiro e a Avesso, hoje melhor individualizadas e exploradas que no passado, tem a complexidade e o corpo como fulcros dos vinhos da região.
Por isso, a Alvarinho se constitui numa gloriosa exceção, sendo capaz, em corte ou como varietal, de produzir vinhos de grande longevidade e muita complexidade.
Originária da região fronteiriça da Galícia, onde é conhecida como Albariño ou Alvarinho, é uma uva com grande diversidade morfológica, o que indica ser muito antiga, com um DNA sugestivo de parentesco com a uva Loureiro e Amaral.
Robusta, fértil, suscetível a míldio e ao oídio, e especialmente ao ácaro da uva, de maturidade média/precoce, combina deliciosos aromas florais com frutados cítricos e de caroço e principalmente a acidez intensa e refrescante, capaz de, com sua bela estrutura e corpo, permitir sua guarda por décadas.