Vinhos orgânicos, em princípio, são os produzidos sem o uso de fertilizantes, pesticidas, herbicidas, fungicidas ou quaisquer substâncias artificiais, associados a práticas de sustentabilidade agrícola, como o rodízio de plantações, a utilização de vegetação de cobertura local e a compostagem com os resíduos obtidos.
Para que se tenha uma dimensão do crescimento deste tipo de vinho, a área destinada a vinhedos com as práticas descritas acima quintuplicou nos últimos 20 anos, passando de 1 para 5%.
Em cada pais, as regras de certificação são diferentes e por isso a confusão que eventualmente se estabelece quando , por exemplo, se tente definir os níveis de SO2 permitidos para que um vinho possa ser enquadrado como orgânico.
Nos EUA, o conceito tenta englobar as práticas agrícolas com a vinificação enquanto na Europa o conceito é mais dirigido ao vinhedo e dai as confusões geradas.
Assim o nível máximo permitido na América para os vinhos certificados oficialmente pela USAD é de 20 mg/milhão, teoricamente produzidos espontaneamente durante a fermentação, enquanto a denominação “Produzido com uvas cultivadas organicamente” permite a adição de até 100 mg/milhão.
Na União Europeia o uso de SO2 é mais liberal, podendo chegar a mais de 200 mg/milhão, mas ainda bem abaixo dos níveis permitidos para vinhos convencionais (320 mg/milhão).